Fator Seguradora

Leilões do governo movimentam vendas de seguro garantia


A Fator Seguradora, especializada em seguro garantia, confirmou que emitiu algumas apólices

O segmento de seguro garantia está movimentado com o inicio da sequência de leilões iniciada pelo governo federal na quarta-feira, 7. O objetivo é conseguir uma arrecadação de R$ 10 bilhões com a venda de 28 ativos públicos entre aeroportos, portos e ferrovia. Segundo o Ministério da Infraestrutura, 200 mil empregos diretos e indiretos podem ser gerados com as concessões. Já em abril, mais precisamente no dia 29, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza o leilão da BR-153/080/414/GO/TO. A perspectiva, segundo o Estado, é de mais R$ 8 bilhões de receita e cerca de 140 mil postos de trabalho.

Ontem, o governo federal arrecadou R$ 3,3 bilhões na primeira série de leilões de concessões que o Ministério da Infraestrutura batizou de InfraWeek. Foram leiloados três blocos com 22 aeroportos, todos eles com disputa entre interessados. A Companhia de Participações em Concessões do grupo CCR arrematou dois dos três lotes, os da região Sul e Central, com ofertas agressivas. Ofereceu ágios de 1.534,36% e 9.156%, respeticamente. A francesa Vinci ficou com aeroportos da região Norte.

A Fator Seguradora, especializada em seguro garantia, confirmou que emitiu algumas apólices para estes leilões realizados ontem. Pedro Mattosinho, diretor de garantia da Fator, contou que todos os seguros foram emitidos ainda nos termos da antiga Lei de Licitações. A nova lei, sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), traz diversas mudanças para seguro garantia em licitações públicas.

Segundo o executivo, é grande a expectativa do setor com o incremento dos negócios em seguro garantia. “Este tipo de leilão movimenta toda uma cadeia de contratação de apólices. Não apenas de contratos de garanta “bid” ou “performance”, mas também para todos os fornecedores e construtoras sub-contratadas envolvidas nas obras”, explica ele ao blog Sonho Seguro.

Apesar da nova lei ter sido sancionada pelo Presidente da República no início de abril, ainda haverá um período de convivência com a legislação anterior de até 2 anos. “Durante este período, caberá ao ente público escolher qual o melhor modelo para adotar quando da confecção do edital. Para próximos leilões, que ainda estão na fase de estudos, provavelmente já poderemos ter editais contemplando a nova legislação. Nós da Fator temos trabalhado arduamente para estar preparados para este novo cenário”, comenta.

Um seguro garantia na modalidade “Bid Bond” é usado na fase de habilitação para participar do processo licitatório. Uma garantia da proposta, de até 30% do preço do projeto, fornece segurança à Administração Pública de que a empresa licitante cumprirá o acordo. Se a empresa contratada nao honrar o contrato, o valor do seguro cobre a diferença de preço entre o primeiro e o segundo licitante.

Já o “Performance Bond” garante que a seguradora será responsável por contratar terceiros para dar continuidade ao projeto ou efetuar o pagamento de indenização ao segurado, até o valor limite da garantia, caso o vencedor fique impossibilitado de cumprir o contrato. Para a empresa contratada, a garantia de execução é considerada crédito. Ao contrário de outros seguros, a seguradora não está antecipando uma perda e pode, inclusive, acioná-la para recuperar suas perdas.

Por: Denise Bueno

Brasil se insere em contexto internacional de resseguros


Tem gente que casa pela internet! E nós só queremos ajudar o corretor a vender uma apólice de seguro online. CEO Luís Eduardo Assis

A pandemia trouxe perdas expressivas para as resseguradoras, responsáveis por pagar o excesso de perda das seguradoras. E isso resulta em elevação de taxa, de franquias e condições mais duras, com exclusões. No Brasil, além dos impactos no cenário internacional, o arcabouço regulatório está em revisão pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Em quase todos os contratos de resseguros que estamos renovando existe a solicitação de inclusão de cláusula de exclusão de doenças transmissíveis, aumento de taxas e de franquias”, conta Juliana Kazumi Chen, responsável por resseguro na Fator Seguradora. Os principais reajustes estão em seguros de responsabilidade financeira e profissional, principalmente em D&O e cyber. “Em segmentos como geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, bem como produção, esses aumentos foram bem significativos”, informa Paul Conolly, diretor de resseguros da Marsh.

Ninguém ainda sabe dizer ao certo quanto a pandemia vai custar para ao setor. O Lloyd’s of London, maior mercado de seguros do mundo, estimou perdas mundiais superiores a US$ 200 bilhões em todo o setor. As duas principais resseguradoras, Swiss Re e Munich Re, divulgaram perdas de quase US$ 4 bilhões com a pandemia em 2020, cada uma.

“O grupo fez reservas para pagar as indenizações decorrentes, principalmente de perdas com seguros de cancelamento de eventos, saúde, vida, setor aéreo e lucro cessantes, entres os principais”, enumera Fred Knapp, responsável por resseguro no Brasil e Cone Sul da Swiss Re. No entanto, 2021 é um ano visto com otimismo, especialmente no Brasil, diante das perspectivas de novos negócios, como seguros cibernéticos, paramétricos, que estão na pauta do Ministério da Agricultura, e oferta de capital para insurtechs avançarem no setor.

O resseguro no Brasil, com vendas de R$ 11,6 bilhões em 2020, acima dos R$ 9,7 bilhões de 2019, passa por muitas mudanças, inclusive regulatórias. Nos bastidores da Superintendência de Seguros Privados (Susep) há uma intensa movimentação, com perspectiva de revisão de todo o arcabouço infralegal de resseguros, em linha com o estabelecido pela Lei Complementar nº 126/2007 e a Lei nº 13.874/19 (Lei da Liberdade Econômica). Neste contexto, a Susep vem implementando modernizações e simplificações. Assim, questões como limite de cessão em resseguros e retrocessão, diferenciação entre locais, admitidos e eventuais e outros pontos, estão na pauta de revisão, conta o diretor da Susep, Igor Lourenço.

Uma das preocupações do setor é se acabará a preferência para locais. “Este tema está sendo discutido no âmbito da Susep e do governo federal e, atualmente, há consenso em relação à necessidade de revisão da lei que trata de resseguros, o que inclui a flexibilização do regime da oferta preferencial. Porém, o assunto depende de apreciação e deliberação do Congresso Nacional”, informa Lourenço.

Além da regulação, o principal ressegurador do Brasil passa por uma profunda transformação. O IRB Brasil Re divulgou prejuízo de R$ 1,5 bilhão no ano passado depois de fraudes contábeis e troca de todo o corpo diretivo. Para 2021, a perspectiva é de voltar ao lucro. “Não foi observado impacto relacionado ao coronavírus nas operações do IRB”, conta a vice-presidente executiva de resseguros, Isabel Solano. “Em 2021, nossa primeira data importante para renovações foi em janeiro. Dentro da estratégia de re-underwriting, o IRB requalificou seu portfólio, com a saída de vários contratos não lucrativos e o ajuste de termos e condições nas renovações. Com isso, houve cancelamento de 11% do portfólio nos segmentos patrimonial, rural e aviação, e renovação de 87% dos contratos-alvo. Além disso, novos contratos representaram 13% do novo portfólio”, afirma Isabel.

Segundo Bruno Freire, CEO da Austral Re, é esperado um aumento de demanda no segmento de energia por conta do investimento em infraestrutura e novas regulamentações, como a Lei do Gás. “Além disso, o redirecionamento estratégico da Petrobras, que já vem sendo realizado há pelo menos dois anos, também disponibiliza ao mercado necessidades de cobertura que antes eram absorvidas pela própria companhia.” O seguro de riscos cibernéticos, diz, também tem chamado mais atenção das empresas.

Por: Denise Bueno

Fator Seguradora diversifica atuação e potencializa a venda digital


Tem gente que casa pela internet! E nós só queremos ajudar o corretor a vender uma apólice de seguro online. CEO Luís Eduardo Assis

A concorrência imposta ao mercado segurador por vários fatores, que vão desde a modernização do arcabouço regulatório até novos hábitos de consumo e riscos emergentes trazidos pela tecnologia, trouxe novos ares para a Fator Seguradora. Criada em 2008 com foco em atuar apenas em seguro garantia para grandes conglomerados, a seguradora comandada desde 2012 por Luís Eduardo Assis traz novidades em 2021. “Tudo mudou. E a Fator também. Diversificamos nossa atuação para acompanhar este cenário competitivo de negócios, que deixa para trás o velho modelo econômico fechado para mapear e gerir oportunidades que poderão impactar o futuro da sociedade, e, portanto, de nossos clientes”.

A gestão de risco é algo intrínseco em uma seguradora. “Uma das nossas vulnerabilidades era a alta dependência de corretores especializados em garantia e também em emissão de grandes apólices. Nos consolidamos como uma das principais seguradoras de garantia contratual do setor por nossa especialização e por isso queremos ir além, otimizando o conhecimento técnico da nossa equipe em seguros financeiros”, comenta o CEO da seguradora controlada diretamente pelo Banco Fator, seu único acionista.

A diversificação tem dado certo. Das vendas totais de R$ 303 milhões em 2020, o seguro garantia representa 35% da Fator Seguradora, especializada em seguro de danos nos ramos relacionados à infraestrutura, como Riscos de Engenharia e Riscos Patrimoniais, Seguro Garantia e Fiança Locatícia. O grupo também se especializou em seguros de Responsabilidade Civil, especialmente D&O e E&O.

A expectativa para este ano é superar R$ 400 milhões em vendas totais, impulsionadas, principalmente, pelos seguros de responsabilidade civil, uma das modalidades que mais cresce no mercado de seguros. “O nosso DNA é atender grandes grupos em riscos financeiros. Agora queremos diversificar e levar nossa especialização para mais empresas, de diferentes segmentos da economia, que passaram a demandar seguros financeiros, principalmente de responsabilidade civil e de garantia judicial”, afirma o economista e também professor.

Assis acredita que as decisões de investimentos em projetos de infraestrutura virão e darão um ritmo aos seguros de grandes riscos, mas por enquanto os investidores são influenciadas por dúvidas em relação a vacinação e ao fim da pandemia. “Somente com mais previsibilidade disso é que saberemos o ritmo do crescimento da economia”, diz. Segundo ele, a interferência do governo nos mercados também causa certo desconforto. Um impulso a infraestrutura e, consequentemente aos seguros de grander riscos, poder vir em 2021. “O governo mineiro vai retomar algumas obras com parte do dinheiro da indenização que recebeu da Vale no caso da tragédia de Brumadinho. Certamente irá movimentar o segmento de garantia e de riscos de engenharia”, aposta.

A estratégia da Fator também prioriza diversificar a carteira de clientes. “Temos ainda uma predominância de clientes públicos, que compram seguros por meio de licitação pública. Mas a tendência é de crescimento das vendas pelo canal digital, que atua com corretoras de todos os portes para produtos de fácil contratação, e o corporate, onde atuamos com corretores especializados no desenho de programas de seguros sob medida para clientes corporativos que exigem mais discussões e especialidade”, diz Assis.

A grande novidade vem no segundo semestre. A partir de julho, a Fator inaugura uma inovadora plataforma de distribuição idealizada para que os corretores de seguros possam explorar novos mercados e ofertar seguros diferenciados para pequenas e médias empresas de todo o país, sem limitações geográficas. “Tem gente que casa pela internet! E nós só queremos vender uma apólice de seguro online”, brinca. O resultado já obtido nesta fase de testes é comemorado. “Vendemos uma apólice no estado de Roraima, onde não estamos presencialmente, por um corretor que nos procurou virtualmente”.

O objetivo da plataforma é parametrizar o canal digital a partir de um novo paradigma. “Temos de pensar de uma forma diferente. Não é a automação e sim a definição de novos processos. Não queremos uma camada de tecnologia e sim produtos inovadores e acessíveis aos empreendedores brasileiros”. Para se ter uma ideia do empenho do grupo para ter um canal digital inovador, da equipe total de 80 profissionais da Fator, 18 trabalham para que a plataforma de vendas seja diferenciada para os corretores que buscam agilidade, especialização e qualidade de atendimento.

O grupo investiu na contratação de especialistas nas mais diversas áreas. Foram quase 30 contratações desde janeiro de 2020 até agora, instalados em uma nova sede em São Paulo inaugurada em novembro, já dentro do designer de um modelo híbrido de trabalho, homeoffice e presencial. “Para uma equipe de 80 pessoas, este número é bem expressivo”, compara. A mais recente contratação foi Luiz Antonio Fonseca, com mais de 33 anos de experiência no mercado segurador, ocupando posições de média e alta gestão em empresas líderes como AIG-Unibanco, Itaú-Unibanco e mais recentemente, Chubb, onde exercia o cargo de vice-presidente comercial. Ele tem como meta desenvolver melhor os vários canais de distribuição da companhia.

Mulheres, a prioridade do 2021

2021 também foi eleito o ano da Mulher na Fator, uma prioridade do RH comandado pelo gerente executivo Clayton Lima. Atualmente, 51% do quadro da Fator é composto por mulheres. No alto comando, uma. Dos quatro diretores que respondem diretamente a Assis, — além de Fonseca, Richard Mendes Leone, de seguros de de danos, e Pedro Mattosinho em garantia, há uma mulher: Juliana Lopes Amaral Decoussau Machado, diretora adjunta, responsável por sinistros, compliance e jurídico. O resseguro também é comandado por uma mulher, Juliana Kazumi Chen, que responde diretamente a Assis. A área de subscrição de seguros de responsabilidade civil também conta com a experiência feminina: Emanuele Credendio Parussolo.

Assis, que atuou como coordenador do comitê de diversidade do tempo de Citibank, instituição para a qual se dedicou por 6 anos na década de 90, quer um debate amplo e aberto para garantir o espaço da mulher na seguradora. “Não queremos arranhar a superfície e sim debater os temas mais delicados para sermos uma companhia que oferece oportunidade de carreira a todos os profissionais”.

O ex-diretor de Política Monetária do Banco Central também ressalta a importância de ajustar processos aos novos tempos de taxa de juros num patamar baixo. “Este é um grande desafio para todo o setor, que nunca havia operado com taxas de juros negativas no Brasil. A boa notícia é que este cenário faz com que todos se tornem melhores a cada dia diante de uma complexidade do mundo de negócios. Ao mesmo tempo em que abre oportunidades, traz novas responsabilidades para todos. E certamente o mercado segurador tem muito a contribuir para mitigar os riscos deste novo normal”.

Por: Denise Bueno

Fator Seguradora anuncia novo diretor executivo comercial


Executivo tem uma sólida experiência no mercado segurador, ocupando posição de média e alta gestão em empresas líderes como AIG-Unibanco, Itaú-Unibanco e Chubb, onde exercia o cargo de vice-presidente comercial

A Fator Seguradora anunciou a chegada de Luiz Antonio da Fonseca como novo diretor executivo comercial. Ele substitui Emerson Bueno, que assumiu a mesma função na EZZE Seguros neste mês. Fonseca tem uma sólida experiência no mercado segurador, ocupando posição de média e alta gestão em empresas líderes como AIG-Unibanco, Itaú-Unibanco, Ace e, mais recentemente, Chubb, onde exercia o cargo de vice-presidente comercial. “Tenho certeza que sua ajuda será fundamental para que possamos alcançar um novo patamar de produção, crescendo de forma rápida e consistente”, comentou Luís Eduardo Assis, CEO da Fator Seguradora. 

Fonseca contou ao blog Sonho Seguro que está muito animado para assumir o cargo na Fator Seguradora, especializada em grandes riscos, garantia, riscos financeiros e de responsabilidades. “Estou muito feliz com a chegada a Fator. Vamos dar continuidade a estratégia de crescimento da companhia. Buscaremos não só a nossa consolidação no mercado de grandes riscos, mas também a criação de novas alternativas para a distribuição de seguros. Vamos trabalhar lado a lado com os corretores de seguros na oferta de soluções diferenciadas para os clientes. Certamente temos pela frente um ano desafiador, mas que traz oportunidades de crescimento e de inovarmos em muitas frentes”.

Por: Denise Bueno

Seguro garantia de contratos pode crescer com licitações do governo mineiro


Depois de um período de “quase” abstinência de contratos de obras em todo o país, o segmento de seguro garantia contratual começa a respirar em 2021. A principal pauta da agenda ainda está na sanção da Lei de Licitações, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que traz mudanças importantes para todos os envolvidos: órgãos públicos, prestadores de serviços e seguradoras. 

Mas a notícia do dia hoje vem da movimentação de R$ 37,6 bilhões do acordo entre Vale, autoridades de Minas Gerais e da União, para reparar e indenizar os danos provocados pela tragédia na cidade de Brumadinho. Segundo noticiou o Valor Econômico, o acordo prevê o uso de R$ 11 bilhões para retomar obras de infraestrutura que foram paralisadas nos últimos anos por falta de verba. Mas as empreiteiras estão exigindo a redefinição de preços para a maioria dos projetos, alegando aumento expressivo nos custos das matérias-primas desde que as licitações foram concluídas. Diante do tempo decorrido e necessidade de reajustes nos contratos, especialistas acreditam que a melhor saída será fazer uma nova licitaç ;ão, com o preço da obra atualizado. 

A possibilidade de abertura de novas licitações para as obras anima construtoras e seguradoras. Segundo Pedro Mattosinho, diretor de garantia da Fator Seguradora, a retomada das obras por conta da indenização da Vale é uma boa oportunidade para debater o tema. Se houver novas licitações para os R$ 11 bilhões, tomando como base que o percentual máximo de 30% do seguro, significa R$ 3,3 bilhões em garantias nos contratos. Uma movimentação e tanto para um segmento que perdeu muito desde 2014, ápice da Operação Lava Jato, que paralisou muitasconstrutoras e obras no país. 

O especialista da Fator Seguradora acredita que há bons argumentos por parte das empreiteiras para que haja renegociação dos contratos, pois de fato os custos de construção civil aumentaram demais, quer seja por conta da matéria prima, quer seja por conta de medidas protecionais necessárias advindas da pandemia que não haviam sido previstas inicialmente. “Tudo depende do clausulado dos contratos. Se os contratos tiverem sido fechados a preço fixo, qualquer discussão será necessariamente judicializada, pois o governo não vai acatar facilmente”.

A maior obra é a do Rodoanel da região metropolitana de Belo Horizonte, orçada em R$ 3,52 bilhões e atualmente em fase de consulta pública. Entre projetos que já haviam sido licitados no passado, está a construção da ponte São Francisco-Pintópolis, com cerca de 1,2 quilômetro de comprimento e 13 metros de largura. O investimento previsto é de R$ 105 milhões. Outra obra já licitada é a de recuperação do pavimento nos trechos Águas Formosas-Pavão, com 45,6 quilômetros de extensão, na rodovia MG-105 e trecho de Teófilo Otoni a Pavão, com 76,30 quilômetros, na rodovia MG-409, orçada em R$ 46,4 milhões, segundo informa o Valor. “Não temos no portfólio de garantia da Fator Seguradora obras que foram interrompidas, mas temos a expectativa de uma movimentação adicional no que diz respeito a rodovias, saneamento e energia”, comentou ele ao blog Sonho Seguro.

Susep esclarece clausulado sobre corrupção

A Superintendências de Seguros Privados (Susep) também está atenta ao tema. Tanto que nesta quarta-feira, 10, divulgou uma circular para esclarecer a cláusula sobre atos de corrupção nos contratos de seguro garantia. Na hipótese da existência de cláusula, a inadimplência contratual do tomador, sem atos ilícitos dolosos praticados pelo segurado, resulta no dever da seguradora em indenizar. Do mesmo modo, caso o tomador infrinja normas anticorrupção que gerem sua inadimplência contratual perante o seguro garantia, sem a concorrência de atos dolosos do segurado, restará à seguradora, também neste caso, o dever de indenizar. “Feitos estes esclarecimentos, as seguradoras que tiverem produto contendo cláusula em desacordo com o acima contido deverão adequar seus produtos aos termos desta Carta Circular, no prazo de 30 dias, a contar de sua publicação”, informa o órgão regulador. 

Por: Denise Bueno

As mudanças no seguro garantia farão com que as obras sejam realmente cumpridas


As mudanças no seguro garantia farão com que as obras sejam realmente cumpridas, gerando menos corrupção e desvio do dinheiro público, por Thais Martins.

Com 12 anos de trajetória, a Fator Seguradora já acompanhou diversas nuances do mercado brasileiro. E, agora, participa de perto sobre o grande tema em discussão: a nova lei de licitações e seus impactos nas mudanças no seguro garantia. “Nosso grande diferencial é ter um conhecimento profundo sobre o Brasil, visão que muitas multinacionais não possuem quando tentam trazer para cá seus modelos de negócios e tentam ‘tropicalizar’. Quando falamos em seguro garantia é nítido que ainda estamos engatinhando diante de outros países, como os Estados Unidos, que o utiliza há mais de 100 anos. Portanto, é um produto que funciona. Lá o percentual de obras inacabadas é infinitamente menor do que aqui”, aponta o diretor de Seguro Garantia da companhia, Pedro Mattosinho. A discussão é antiga. O assunto ‘seguro garantia’ é debatido há mais de 10 anos. “Chega a ser inacreditável, mas não é um tema de solução rápida mesmo, pois existem inúmeros interesses envolvidos, e cada grupo se sente prejudicado ou beneficiado em determinados momentos.

Existe a pressão, a questão do lobby envolvida… sem dúvidas, é um cabo de guerra forte”, diz o diretor da Fator, que complementa: “Porém, agora demos um passo importantíssimo. O Brasil passa a ter um regramento mais moderno do ponto de vista das licitações. Realmente era muito confuso e antiquado. Quando o Estado faz essa alteração, enxergamos uma modernização no sentido de ter as obras realmente cumpridas, entregues. Isso gera menos corrupção, menos desvio do dinheiro público e faz com que o processo funcione com mais eficácia”.

O lado bom.

A lei 8.666/1993 passou por mudanças com o Projeto 6814/2017. A legislação, até então, era razoavelmente flexível referente ao seguro garantia. “Antigamente, o percentual variava entre 5% e 10%. Agora, um dos pontos em questão é o aumento do limite para obras de grande vulto, que pode chegar até 30% do valor do contrato. Sabemos que em alguns países isso chega a ser 100%. Porém, o Brasil tem dimensões continentais e entes federativos diferentes, cada um com uma estrutura. A nova lei tenta equilibrar as necessidades envolvidas”, analisa Mattosinho. De acordo com o executivo, a seguradora tem agora uma responsabilidade muito maior. “Isso significa que vamos ter que ser mais exigentes no processo de subscrição, com a obrigação de analisar os possíveis riscos nesse novo cenário e participar de perto da elaboração do projeto, ao lado do corretor de seguros e dos tomadores de garantia. Teremos que ter uma profundidade maior na análise dos clientes e entender se o que está sendo proposto é viável ou não dentro do prazo, preço e nas suas especificações. Vamos ter o direito de sugerir alterações e melhorias. Precisaremos estar muito atentos e ter confiança no cliente, pois assumir 30% é alto. Será uma atuação em conjunto. Até então, as coisas eram feitas de forma muito mais superficial”. Para o governo, o propósito é que as obras sejam, de fato, terminadas. “A nova legislação indica um dimensionamento para que a seguradora assuma a obra e a conclua. Quando se vê uma construção inacabada é desperdício de dinheiro público. Com o passar do tempo, a estrutura se deteriora e uma série de problemas passam a existir. Por isso, o momento é para nos readaptarmos e revisitarmos todos os processos para que estejamos preparados para essa nova etapa”, indica o diretor.

Entraves.

“O ponto negativo, mas não é por conta da lei, é que temos poucas obras que se qualificam atualmente para esse novo enquadramento, pois a economia e o governo tem suas fragilidades fiscais. No meu ponto de vista, outro problema é que as construtoras e as empreiteiras, como as da Operação Lava-Jato, possuem seus problemas jurídicos, e existe uma certa lacuna no mercado para as companhias nacionais assumirem as grandes obras. Mas, isso será preenchido conforme o país se recuperar financeiramente”, reflete Mattosinho. Para as construtoras será preciso uma real mudança de comportamento, afinal a questão do seguro garantia sempre foi o menor ponto dentro do processo de contratação. Na visão do executivo da Fator, sempre foi verificado apenas a viabilidade técnica e, no último momento, mencionava-se a necessidade de ter uma garantia. “Como o percentual era pequeno, isso não era um problema. Agora, com o valor mais agressivo, não será fácil conseguir garantia de forma imediata. As empreiteiras terão que trabalhar lado a lado no sentido da transparência, executar dentro do prazo estipulado e mostrar subsídios para entendermos a viabilidade da obra. Também será chamado para sentar à mesa o corretor de seguros com o intuito de agregar valor para a operação”. Além do direito de acompanhar a elaboração do projeto, a seguradora pode também realizar um serviço de monitoramento preventivo da obra. “Não vamos mais esperar a conclusão da construção para saber que temos um problema. Agora será possível acompanhar um cronograma, visualizar as etapas e agir com o intuito de cumprir os termos do contrato proposto. É uma questão de aproximação, de estar perto do cliente desde o início. O que era uma relação muito distante, passa a ser agora de parceria, de conhecimento e gestão do projeto em sua totalidade. A seguradora que cobra mais barato, emite mais rápido e faz menos pergunta não vai mais existir”, finaliza Mattosinho.

“Chega a ser inacreditável, mas não é um tema de solução rápida mesmo, pois existem inúmeros interesses envolvidos, e cada grupo se sente prejudicado ou beneficiado em determinados momentos. Existe a pressão, a questão do lobby envolvida… sem dúvidas, é um cabo de guerra forte”. Pedro Mattosinho, Diretor de Garantia da Fator Seguradora.

2020 o Ano de mudanças


O ano de 2020 terminará repleto de aprendizados e memórias que carregaremos com inúmeros significados. Descobrimos, por acaso, que somos uma equipe ainda mais unida, capaz de produzir resultados espetaculares mesmo em cenários desconhecidos, como nossos novos escritórios virtuais. Este ano crescemos acima das expectativas. E quem poderia prever isso em um ano tão diferente? Em 2020, nossos colaboradores protagonizaram a cena e conseguiram se fazer ainda mais presentes na vida de nossos clientes mesmo na ausência física imposta pelo momento pandêmico que ainda vivemos. O ano representou mudanças em nossos processos e fizemos melhorias significativas em nossos sistemas em que quadruplicamos os investimentos em tecnologia, visando o constante apoio ao nosso ativo maior – o Corretor de Seguros. Na linha dos negócios, focamos muito na carteira do Seguro de Responsabilidade Civil Profissional projeto esse que começou em 2018, com a implantação do nosso Portal do Corretor. Em 2020 olhamos profundamente para esse produto e focamos nas necessidades do segurado. Com isso, criamos condições muito competitivas, ampliamos nossas coberturas, melhoramos os canais de comunicação com o corretor e expandimos nossa atuação, cobrindo mais de 150 profissões, desde publicitários, contadores, agentes de jogador de futebol, engenheiros, arquitetos e até empresas dos mais variados ramos como estabelecimentos de ensino, cartórios, imobiliárias, editoras, agências… Na área médica investimos muito em 2020 e estamos com mais de 90 especialidades ligadas às áreas de saúde cobertas por nosso seguro. A carteira de Responsabilidade Civil Profissional vem apresentando performance acima do esperado. Em 2020, crescemos 46% entre janeiro a novembro. Para o próximo ano, projetamos um crescimento na ordem de 60%. Estamos investindo muito em profissionais qualificados. Neste mês, iniciou conosco Emanuele Credendio Parussolo, profissional experiente nesta modalidade de seguro, mais especificamente o RC Profissional. Ela possui mais de vinte anos na área de subscrição, gerenciamento de portfólio e plataforma digital. Temos muita convicção que ela nos trará muito conteúdo e contribuirá bastante para a continuidade no crescimento da carteira de Responsabilidade Civil Profissional da Fator Seguradora. No Seguro Garantia também tivemos um ano muito bom. Até outubro de 2020, o mercado brasileiro de garantias atingiu, no acumulado de 12 meses, seu recorde histórico, no montante de R$ 3 bilhões em prêmios emitidos, com sinistralidade estável em 16%. A Fator atingiu R$ 113,7 milhões em 12 meses, batendo seu recorde anterior de 2011 (R$ 110,7 milhões), com crescimento de 50% frente a 2019. Ainda há uma grande concentração de negócios em garantias judiciais, enquanto as tradicionais (performance, adiantamento de pagamento etc.) estão em segundo plano por conta da crise econômica, que restringe a capacidade de investimentos do setor público. Para o próximo ano, esperamos uma atuação ainda forte em garantias judiciais ampliando nossa participação de mercado e abrindo novas frentes de negócio, sobretudo nas garantias judiciais trabalhistas recursais. Para atingir este mercado e melhorar a experiência de contratação de nossos clientes e corretores, estamos investindo pesadamente em tecnologia. Deveremos lançar nosso portal para emissão de apólices diretamente pelos corretores e estamos nos integrando aos portais dos principais corretores do mercado. Finalmente, esperamos entrar no mercado de fiança locatícia para pessoa física por meio do lançamento de ferramenta de contratação totalmente automatizado. Esperamos assim pulverizar nossa base de clientes e corretores, trazendo rentabilidade e solidez para nosso portfólio. O que vem pela frente é muita coisa. Temos trabalhado muito em diversos projetos e um dos mais significativos será estruturar nosso canal digital para termos o melhor sistema de cotação e emissão de apólices online. Estamos obcecados por isso porque temos certeza que isso contribuirá para que nossos parceiros – os corretores de seguros – tenham maior agilidade na venda de seguros. Queremos dar a nossos clientes um próximo ano espetacular e não mediremos esforços para atender a quem mais nos prestigia. Desejamos a todos os leitores um feliz recomeço! Que venha 2021!

Proteção Garantida para Amplo Universo Profissional


Voltado para reparar perdas causadas por erro ou omissão de um profissional, falha técnica que cause prejuízo para quem contratou o serviço, o Seguro de RC Profissional (E&O) tomou-se um item quase obrigatório para proteger as mais diversas atividades profissionais.

Existem mais de 20 ramos de atividades que hoje podem ser amparados pelo RC Profissional da Fator Seguradora, somados a mais de 90 especialidades para cobrir a área médica. Só para citar alguns: médicos de especialidades diversas, clínicas, hospitais, laboratórios, dentistas, veterinários, imobiliárias, agência de propaganda, de turismo, cartório, agências de propaganda e publicidade, gráficas e editoras, empresas de mídia e vídeo, engenheiros, arquitetos, escritórios de advocacia, farmácias, escoIas, universidades e corretores de seguros.

Emerson Bueno, diretor comercial responsável também pela diretoria de marketing e canais de distribuição, explica que “mesmo os desvios não intencionais podem ocasionar grandes prejuízos financeiros, com possibilidade de abertura de processos por terceiros, pelos clientes que contratam os serviços. O RC Profissional da nossa companhia garante a indenização desses terceiros, cobrindo gastos com defesa judicial, em suas diversas fases, até que seja proferida a sentença e autorizado o acordo entre as partes. E ainda existem coberturas que podem ser incluídas, dependendo da atividade, tais como danos morais, difamação, calúnia e injúria, roubo ou furto de documentos, etc”. Para se ter uma ideia das vantagens na contratação deste seguro, Emerson Bueno relaciona alguns motivos que tornam, hoje, esse tipo de cobertura quase que indispensável para o exercício profissional das categorias e empresas. ‘Qualquer atividade profissional hoje em dia é cercada por imprevistos, falhas humanas ou não, e suscetível a acidentes de percurso inimagináveis anteriormente, como por exemplo a pandemia que assolou o planeta esse ano.

Por isso, mais do que nunca, é preciso garantir a proteção dos empregados; o gerenciamento de fisco com orientações de possíveis falhas; do patrimônio do segurado através da cobertura do seguro; na abertura de processos por clientes cada vez mais exigentes contra os prestadores de serviços e contra a vulnerabilidade por falha que acarrete perda financeira ao profissional”.

A Fator Seguradora se consolidou neste mercado pelo desenho moderno e pelos atrativos do seu produto. Entre os principais, estão: canal digital exclusivo: cotações e emissões até R$ 5 milhões realizadas em curtíssimo prazo; contratação flexível de acordo com as especificações das responsabilidades técnicas; amplas coberturas; processos simplificados e sólido processo de subscrição. “Um produto completo, de grande visibilidade e necessidade para as atividades profissionais de uma sociedade cada vez mais exigente e que precisa de respostas eficientes e rápidas para suas demandas”, finaliza.

Gerenciamento Avança para Atender Novos Riscos


O ano de 2020 acelerou, de forma preponderante, os processos de informatização. A adoção de soluções inteligentes e céleres de precificação, a capacidade de gestão e análise de legados e de dados e, ainda, a aderência regulatória em garantir a segurança das operações e dos dados dos clientes terão impacto determinante nos negócios de seguros, que serão prósperos e relevantes nos próximos anos. Nas operações de grandes riscos, a prevenção e constante atenção à gestão do risco são ações vitais para a boa proteção e longevidade de uma empresa. O trabalho em conjunto dos corretores, gerentes de riscos e seguradoras tornam as negociações e operações mais fluentes e duradouras. Durante a pandemia, as empresas em geral observaram um aumento considerável das tentativas de fraudes.

Não à toa, um estudo organizado pela KPMG com empresas de capital aberto demonstrou que o risco de condutas ilícitas – inclusos aí fraude, corrupção e suborno – passou a figurar no ranking dos 25 maiores fatores de risco. A referência do mercado reforça essa percepção e sinaliza a importância dos mecanismos de combate e prevenção à fraude. As operações de seguro partem do princípio da boa-fé e que o cliente necessita de proteção e pronto atendimento em um caso fortuito. “Apesar de nos basearmos na boa-fé, todos estamos expostos a tentativas e ações fraudulentas, que exigem da companhia aplicação de modelos analíticos que visam avaliar comportamentos e práticas inapropriadas, e com isso evitar a entrada dessas operações”, analisa Jonson Marques, diretor Técnico de Empresas da Mapfre Seguros. Os riscos e as fraudes mudam ao longo do tempo. Sempre há a possibilidade de acontecerem, mas alguns fatores podem ajudar a diminuir a probabilidade.

“Talvez um risco que hoje pareça perceptível, amanhã não seja mais e vice-versa. Tudo depende de como se dá a operação. Quando fazemos uma avaliação dos riscos e os novos desafios que vão surgindo, precisamos fazer uma análise dos pormenores, tendo em vista que nenhuma operação é linear, mas sim dinâmica. Assim, levantamos possíveis riscos que possam ocorrer ao longo do tempo”, afirma Felipe Smith, diretor Executivo de Produtos Pessoa Jurídica da Tokio Marine.

Fraudes e irregularidades também podem acontecer durante todo o ciclo de vida de uma apólice e é preciso se antever a isso. “Temos investido em tecnologias que nos ajudam no combate às fraudes, como estruturação de departamentos específicos internos, contratação de empresas de auditoria e ferramentas que auxiliam a detectar tentativas de fraude”, completa Smith. A sofisticação das fraudes no setor é cada vez maior ao longo do tempo e isto tem relação direta com a evolução tecnológica, que embora seja ferramenta eficaz no seu combate de fraudes, também é utilizada para a sua prática. “Os investimentos em segurança da informação são relevantes e constantes no orçamento atual de todas as seguradoras e a tendência é que cresçam ainda mais nos próximos anos”, conta Juliana Amaral Decoussau Machado, superintendente do Departamento Jurídico e Sinistros da Fator Seguradora.

Segundo ela, a empresa investe em sistemas de prevenção a vulnerabilidades e participa de cadastro central de sinistros, que permite o controle de dados cruzados e que, consequentemente, pode sinalizar casos de recidivas, frequências, dentre outros. A seguradora também realiza periodicamente um “stress test” para checagem de potenciais anomalias, visando detectar preventivamente situações que poderiam ensejar comportamento fraudulento. Rafael Fragnan, Chief Risk Officer (CRO) da Argo Seguros, aponta que um passo importante que deve ser adotado é a investigação de todos os casos de sinistro que ocorram na companhia, com o objetivo de identificar as falhas ocorridas no processo de gerenciamento de risco aplicado ao risco e quais foram as técnicas utilizadas pelos fraudadores para burlarem o processo e obter sucesso em cometer o crime. “Com base nesses levantamentos é possível identificar as devidas falhas e providenciar as alterações necessárias no processo de gerenciamento de risco”. Outro ponto importante é o constante contato com os clientes para verificar a aderência dos planos de gerenciamento de risco com as recorrentes mudanças nos procedimentos das atividades dos segurados. “Nestas verificações é possível identificar necessidades de fragilidades que devem ser adaptadas nos processos de gerenciamento de risco”, garante. O modelo de prevenção e combate à fraude protege a empresa por meio da ação integrada com toda a cadeia de valor da companhia. Todas as partes envolvidas – colaboradores, prestadores, corretores e clientes – são integrados ao programa de treinamentos e à campanha anual de prevenção à fraude. “Para identificar as fraudes, nos cercamos das melhores soluções tecnológicas e abordagem híbrida que inclui avançados modelos preditivos de detecção de anomalias. Para melhorar o risco, fomentamos a cultura de que todos são gestores de risco, promover treinamentos constantes e estabelecer um canal de reporte das suspeitas de fraude nas mais diversas áreas”, diz Reinaldo Amorim, diretor de Risco, Compliance, Atuarial e M&A da SulAmérica Seguros. Controles internos e externos Na Tokio Marine, os processos de subscrição e recificação são feitos 100% internamente. Em algumas ocasiões, a empresa conta com o auxílio pontual de prestadores de serviços que ajudam com a produção de levantamentos de mercado. Já a regulação de sinistros é realizada por prestadores de serviços terceirizados para alguns ramos, como Transportes. Na regulação de valores mais baixos, sem vistoria e com documentação simplificada, toda a operação é realizada internamente. No caso da regulação terceirizada, os prestadores especializados efetuam a vistoria de campo, avaliam os danos in loco, realizam os cálculos e estimativas das perdas, solicitam os documentos necessários e produzem um relatório detalhado, que é encaminhado para análise da companhia. “Com base nesses relatórios, e nas condições e coberturas securitárias contratadas na apólice, é que nossos analistas de sinistro validam ou não a reclamação de prejuízos que foi feita pelo segurado”, diz Smith. Na SulAmérica, em Saúde, todos esses processos são feitos internamente. Em Vida e Previdência, a aceitação e a regulação de sinistro são feitas com o auxílio de prestadores, cabendo à unidade de negócio dar as regras, acompanhar os procedimentos e atuar nas excepcionalidades. “Estamos investindo cada vez mais em recursos tecnológicos que possibilitem levar a melhor experiência para o cliente e, assim, cumprir nosso propósito de entregar uma ‘saúde integral’,

tríade que engloba saúde física, emocional e financeira e permite a nossos clientes escolher aquela opção que melhor se encaixa em seu momento de vida”, comenta Amorim. Nos processos de regulação de sinistros e gerenciamento de riscos da Argo, o uso de prestadores de serviços parceiros é constante. Nestas áreas, os investimentos em novas tecnologias são massivos, seja para desenvolver um novo sistema de gerenciamento completo de sinistros, ou em tecnologias para rastreamento duplo do veículo transportados. A empresa conta também com parceiros que desenvolvem aplicativos de celulares em que é possível rastrear os veículos transportadores, com marcação de posições de presença no mapa, velocidade desenvolvida na via, formas de condução do motorista, entre outros itens. No que diz respeito à subscrição e precificação, o processo é interno com análise de atuários e subscritores, porém, também vem evoluindo tanto para a frente Consumer, como a Corporate. “No Consumer, a visão é cada vez mais de carteira de negócio e a precificação é feita e colocada na plataforma digital. Já no Corporate, as ferramentas que mais se desenvolveram foram os modelos de subscrição e preditivos em relação a eventos futuros baseados no uso de big data e internet das coisas”, revela Rafael Fragnan. A Fator Seguradora acompanha as tendências tecnológicas em todas as áreas de sua atuação. Em sinistros, especificamente, que possui hoje atuação híbrida entre recursos internos e prestadores externos, está em fase avançada de testes e homologação um novo recurso de TI para estruturar dados, otimizar a gestão das reclamações, proceder a realização de vistorias à distância, incrementar a interlocução entre a área de sinistro e as áreas de subscrição, fomentando, em última instância, o gerenciamento de riscos. “Com esse projeto agregaremos muito em eficiência operacional refletindo uma entrega que será facilmente percebida por nossos clientes”, acredita Juliana Machado. Segundo Marques, aplicar soluções de fácil utilização, que permita ao cliente e ao distribuidor utilizar os serviços da companhia, são fatores vitais para o crescimento da companhia e satisfação do cliente. “Seguimos em um forte investimento e atualização de vários processos, tanto para os clientes como para os corretores, visando tornar a comunicação e interação mais simples possível”. Mesmo com todas essas novas formas de gerenciamento de riscos, o papel do corretor de seguros é fundamental para garantir a operação. “O corretor continua sendo o nosso interlocutor junto ao segurado. Sempre prezamos por um trabalho de equipe entre a área de gerenciamento de riscos e os corretores. Afinal, uma abordagem estratégica bem estruturada auxilia no sucesso da operação e na viabilidade a longo  prazo das empresas”, afirma o diretor da Tokio Marine. “O corretor permanecerá permeando os processos por meio da orientação aos segurados, do auxílio na tomada de decisões, do combate a fraudes e demais habilidades necessárias à intermediação. Nenhuma tecnologia, neste momento, pode substituir tais habilidades humanas”, diz a superintendente da Fator. “Se prezamos por uma cultura pautada por integridade, cliente no centro do cuidado, excelência operacional e transformação digital, aprimoramos nossos processos com esses objetivos e investimos no relacionamento com os corretores para compartilhar nossos valores e estratégias. Em nossa Escola de Negócios PRA Saber oferecemos qualificação aos corretores e temos um módulo sobre gestão de riscos”, diz o diretor da SulAmérica. Em seguros Empresariais, o corretor posiciona-se como ouvidos e olhos de uma seguradora. “Na maioria das vezes é o primeiro a colocar os pés na empresa, sentir a temperatura e necessidades do cliente. O corretor preparado tecnicamente aporta muito valor na construção da proposta adequada ao segurado, indicando coberturas, limites, gerenciando melhorias no risco e ajustando com a seguradora o melhor caminho”, avalia o diretor da Mapfre. Para o CRO da Argo, o papel do corretor está ainda mais importante: “ele tem de buscar todas estas alternativas no mercado, não somente de preço e condições, mas também de tecnologia pré e pós-sinistro, e conseguir traduzir isto para o cliente da melhor maneira possível, ajudando-a decidir”.

Linhas Financeiras em Alta


Em linhas financeiras, cresceu a demanda pelo seguro garantia e de responsabilidades, D&O e E&O. Por outro lado, as seguradoras estão mais criteriosas na aceitação do risco, o que não necessariamente significa aumento de recusa. Especificamente do seguro garantia, Caroline Ayub, superintendente de Garantia e Linhas Financeiras da Tokio Marine, explica que o crescimento se deu pela possibilidade de substituí-lo pelo depósito recursal realizado em dinheiro. “Isso beneficia a liberação de recursos para as empresas em dificuldades econômicas por conta da pandemia de covid-19”.

Inclusive, a Tokio Marine apresentou novidades. “No garantia, nós fizemos algumas atualizações nos portais do parceiro, do tomador e na plataforma de multicálculo para corretoras, de modo a dar ainda mais agilidade aos processos e reduzir o trabalho operacional do corretor, proporcionando mais autonomia aos segurados da modalidade de depósito recursal”.

A principal novidade, diz Caroline, “é a liberação de limite automático de R$20 milhões sem a necessidade do envio de documentos do cliente. Esse valor é o dobro da média oferecida pelo mercado neste formato de aprovação. O processo é feito a partir de uma análise interna e com a assinatura do contrato de contragarantia, realizado de forma eletrônica”.

Além do garantia, a executiva conta que até março deste ano houve uma evolução considerável em três categorias neste segmento. “Garantia, com crescimento de 217%; D&O, cuja evolução foi de 58,9%, e E&O com aumento de 23,2%. Na mesma direção, as modalidades de D&O e E&O estão em constante crescimento no País e com um amplo campo de oportunidades, de grandes corporações a PMEs”.

Nas outras companhias também é notório o aumento de demanda pelo seguro garantia. “Nós temos recebido muitas consultas, motivadas por algumas flexibilizações no processo de aceitação por parte do segurado. A substituição dos depósitos em dinheiro pela apólice é um benefício significativo para as empresas, ainda mais em um momento de crise, elas precisam de
caixa”, afirma Pedro Mattosinho, diretor da Fator Seguradora “Temos notado um aumento pela procura pelo seguro garantia em sua modalidade judicial especialmente em razão das recentes decisões judiciais que facilitaram a aceitação deste nstrumento.
Este fato consolidou o seguro como uma das alternativas ao depósito judicial, favorecendo as empresas que podem se utilizar da apólice para liberar um caixa que estava inacessível por estar atrelado a um processo judicial”, comenta Fernando Gonçalves Pinto, head de Financial Lines, Garantia e P&C da Argo Seguros.

Ele acrescenta, informando que “os seguros de responsabilidades também têm tido uma maior demanda, com destaque para o RC Administrador – D&O e para os ramos com soluções voltadas para a área da saúde como o E&O e o RCG”. Superintendente de Linhas Financeiras e Seguro Garantia da Zurich no Brasil, Fernando Saccon também destaca o seguro garantia, o D&O e o cyber.
“D&O porque o atual cenário torna as decisões tomadas por administradores cada vez mais críticas e fundamentais para o futuro e continuidade das empresas, portanto, sujeitas a questionamentos.

Há também as dificuldades financeiras que muitas empresas têm passado no momento atual”. Sobre o Cyber, ele diz que o cenário atual de trabalho remoto traz um risco adicional para a segurança da informação por parte das empresas. “Com
relação ao seguro garantia ainda observamos uma procura maior para garantias judiciais, dado as últimas manifestações de órgãos do judiciário sobre a possibilidade de substituir cauções feitas em dinheiro ou fiança bancária.

As empresas veem isso como forma de ter um retorno de capital em seus caixas, hoje muito impactado pelo cenário econômico abalado com a pandemia”. Linhas que também tiveram aumento de demanda na Alper Consultoria em Seguros. “Percebemos uma maior
procura pelo cyber, seguro de crédito, seguro garantia e pelo D&O. Não era previsto o aumento dessas linhas, a transferência do risco pela proteção de crédito e linhas como o garantia é uma forma de liberar eventuais recursos depositados judicialmente revertendo para o caixa da empresa. E o cyber, muito em função do home office que expõe as empresas a um risco maior de ataque cibernético. O nível de segurança da informação no ambiente doméstico é inferior ao do ambiente corporativo”, expõe o diretor de Riscos Corporativos e Sinistros, Ilan Kajan Golia.

Na MDS Brasil, em abril deste ano, quando comparado ao mês anterior, o índice de consulta para o seguro garantia judicial cresceu 80%, na modalidade depósito recursal. “Nesse momento, esse seguro tem sido o carro-chefe do meu departamento, pois ele permite a substituição do depósito em dinheiro pela apólice. Isso gerou uma busca desenfreada pelas empresas por esse tipo de seguro para elas terem dinheiro em caixa”, diz o diretor de Linhas Financeiras,
Leandro Freitas.

Análise de risco Pelo aumento da demanda, a Alper Consultoria em Seguros reforçou o time da área de riscos financeiros, por outro lado, Golia comenta que as seguradoras estão mais restritivas. “Notamos nas seguradoras uma preocupação
maior em assumir esses riscos. Algumas companhias colocaram um questionário adicional para saberem quais medidas de contingência as empresas estão adotando nesse momento de covid-19. Elas estão mais reativas aos riscos, reduziram a automaticidade dos subscritores locais no processo de aceitação do risco e está havendo aumento de recusas”.

Na Argo Seguros, diz Gonçalves, “não diria que há um aumento de recusas, mas sim uma adequação de termos e condições de algumas apólices à realidade que a pandemia impôs, mas com o devido apoio que sempre demos aos nossos parceiros. O importante é destacar que quanto maior o número de informações que os clientes proporcionem, melhor fica o processo de subscrição e, portanto, a própria cotação do cliente, mais adequada às suas necessidades”. Mattosinho comenta que o próprio momento pede uma subscrição mais cautelosa. “Nós estamos pedindo aos nossos clientes a sua situação financeira mais atualizada. Temos enfrentado uma grande dificuldade pela determinação do Governo em não negativar as empresas.

Os bureaus de crédito eram um termômetro de curto prazo para a qualidade de crédito de uma empresa. A empresa pode estar morta e a gente está dando crédito para ela. Por enquanto está tudo bem, mas não sabemos de fato quando a conta irá chegar, mas ela vai chegar”. Na visão de Caroline Ayub, um bom trabalho de gerenciamento de riscos passa principalmente por investimento em tecnologia. “Destaco novamente as novidades que implementamos no seguro garantia. As novas plataformas, além de agilizar a contratação do seguro, também garantem maior segurança no cruzamento de dados e análise das informações. Desta forma, conseguimos ser mais precisos na subscrição dos riscos e na formatação de apólices
que vão ao encontro das necessidades de cada cliente”.

Ela complementa dizendo que não está havendo um aumento das recusas em virtude da pandemia. “Entendemos que é o momento de apoiarmos as empresas, oferecendo soluções para que elas consigam manter suas operações”. Na MDS Brasil, Freitas informa que as recusas também não estão aumentando, mas sim o critério das seguradoras na aceitação do risco. “As seguradoras estão tomando uma postura mais rígida, mais criteriosa para a aceitação do risco, mais do que há quatro meses. O cálculo atuarial continua sendo o mesmo, mas com uma ou duas regras adicionais”. Na Zurich do Brasil, Saccon valida essa informação. “A análise do risco tem sido cada vez mais criteriosa, com revisão dos apetites de risco, onitoramento
dos setores mais impactados, mas por outro lado, também observando as oportunidades geradas por outros setores que sejam mais resilientes nesse momento desafiador. Não há em si um aumento nas recusas, mas sim uma tomada de decisão mais criteriosa”. Segundo ele, com uma avaliação ainda cautelosa dos setores econômicos, gestão da empresa, resiliência financeira, ações concretas que estão sendo adotadas durante a pandemia e perspectivas futuras de negócio. “Permitindo,
assim, um maior gerenciamento das capacidade disponibilizadas e dos termos e condições oferecidos”.

Futuro

Em um futuro breve, pós-pandemia, os executivos destacam as linhas financeiras que devem se manter em alta. “Não atuamos com o seguro de crédito, mas é um ramo que crescerá e ele tem uma particularidade: quando está tudo bem, ninguém quer comprámercado -lo, quando está tudo mal, ninguém quer vendê-lo. Já vimos isso acontecer diversas vezes, sempre que tem uma crise. Também aumentará a demanda pelo seguro cibernético e pelos seguros de responsabilidades, D&O e E&O”, prevê Mattosinho. Freitas também destaca o seguro cibernético. “Ele terá uma procura ainda maior, quando entrar em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Não só pelo aumento do home office, mas para a proteção contra invasões nas
empresas e o controle da própria empresa fora do ambiente de trabalho. Existe uma preocupação grande para ter uma melhor proteção para isso”. Movimento visto por Golia, “o Cyber é uma tendência forte por conta da LGPD e após a pandemia, também as linhas financeiras. O maior recesso ainda não aconteceu. Primeiro vem o tsunami, depois vem o estrago, e entra a questão do seguro. Por agora, não estamos tendo reflexos na sinistralidade, ela virá depois. Infelizmente, a cultura é contratar o seguro depois que acontece o incêndio, haverá o reflexo efetivo de eventuais sinistros e empresas querendo contratar algo que já deveriam ter contratado”. “Entendemos que os produtos D&O, cyber e garantia continuarão experimentando uma procura maior para fornecer uma tranquilidade para as empresas e seus administradores superarem esse momento pós-crise e, restabelecerem suas atividades de maneira plena e produtiva”, pontua Saccon.
Segundo ele, há também a expectativa de retomada principalmente de projetos governamentais que fomentam investimento em obras de infraestrutura. “Podemos ver um aumento nas garantias de performance e manutenção pela procura também das garantias judiciais que, inclusive, seguem para inovações tecnológicas tornando sua contração simples e rápida”.

Gonçalves diz que a expectativa de um reaquecimento da economia ao longo do segundo semestre deve impulsionar as linhas de garantia e responsabilidades contemplando o D&O, o E&O e o RCG. “Somando-se a isso, com a vontade demonstrada pelo Governo em promover novas rodadas de concessões e privatizações, podemos ter um espaço ainda maior para o crescimento do seguro garantia em modalidades mais tradicionais, não se limitando apenas aos processos judiciais”. Ele ressalta que tão importante quanto a visão do cliente de que o seguro é fundamental, o mesmo tem que se considerar para a questão de condições da apólice. “Digo isso porque em inúmeras vezes os clientes focam muito na questão preço e isso pode levar a um problema de cobertura, que posteriormente pode gerar uma situação muito desagradável em caso de falta da mesma. Acreditamos que a demanda e consciência irá aumentar, mas também se faz muito importante que a visão das condições apropriadas a cada risco seja levada mais em consideração no momento”. Caroline Ayub diz que no mundo pós-pandemia, é importante analisar quais reflexos essa crise trará para o futuro. “O mercado de seguros é sinônimo de proteção e precisamos analisar como cada área do segmento será afetada. É inegável que o comportamento dos consumidores e das empresas mudou durante esse momento”. Para finalizar, ela expõe que o segmento de linhas financeiras tende a crescer. “Em um primeiro momento, acredito que o seguro garantia continue em crescimento acelerado, justamente pela questão econômica que afeta uma grande parcela da sociedade. Talvez a substituição do seguro garantia ao depósito recursal realizado em dinheiro seja um respiro para aqueles afetados, direta ou indiretamente, pela pandemia”.

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